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Marketing de guerrilha nas eleições americanas

  • Rodrigo Ribeiro
  • 17 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

As eleições americanas foram um cenário exato do que é marketing de guerrilha. Antes de tudo, apresento uma análise pessoal dos fatores que elegeram Donald Trump. O primeiro deles foi o acesso dos americanos às redes sociais. Mais de 77% deles possuem smartphones e são também os maiores usuários do Twitter, mostra que é cada cidadão que têm o poder da informação nas mãos.

O segundo fato que gostaria de salientar é que lá, a taxa de analfabetismo é baixa; diferente do Brasil, que concorre com os últimos colocados.

Outro fator que arruinou a campanha de Hillary Clinton foi a describilidade que os americanos dão até hoje aos grandes veículos de comunicação, nesse caso, os mais tradicionais. Como patriotas e nacionalistas que são, perceberam nos discursos dos jornalistas e nas opiniões de especialistas 'renomados', uma parcialidade às propostas da candidata democrata e uma expressiva repressão aos discursos de Trump. Esse fator ganhou mais solidez quando no dia da votação os jornais apontavam 98% de possibilidade da Hillary ser a mais nova presidente dos Estados Unidos. Um vexame.

Se tratando do marketing, onde foi que ele falhou? Hillary possuía um aparato mais robusto do que seu adversário. Os veículos de comunicação massacravam o candidato republicano, as grandes marcas apoiavam a entrada da primeira presidente mulher dos Estados Unidos. Os jovens pelo Twitter se desesperaram quando receberam a notícia da derrota. Espera aí... Os jovens? Isso mesmo! Aí está a grande falha dos democratas.

Hillary prometia diversidade. Trump, prometia nacionalismo. Hillary prometia diálogo com países muçulmanos. Trump defendia proteger Israel e criar um muro para cercar o país. Hillary queria o apoio dos liberais. Trump, dos cristãos. Hillary discursava para as grandes redes de TV. Trump falava do smartphone dos seus eleitores. Nota-se então que quem acatava as informações dos maiores veículos eram jovens e adolescentes (na maioria) e que os mais velhos buscaram se informar pela ponta dos dedos em fontes que consideravam mais seguras.

Desconsiderando as insatisfações que os americanos tiveram com o antigo presidente devido a questões politicas e econômicas, concluímos que os veículos de massa não são mais como antigamente e também não são a única fonte de informação, afinal, com um celular na mão, cada americano derrotou o aparato de um partido. O marketing político no Brasil deve considerar (e muito) aquilo que circula nas redes sociais. Os nomes que corriqueiramente são citados, mas são ignorados pela grande mídia, podem mostrar nas próximas eleições que é o povo, não mais a mídia, quem está no controle da situação.

 
 
 

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