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Propaganda e Marketing: como surgiram?

  • Rodrigo Ribeiro
  • 9 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura

Muita gente me pergunta a diferença e, quanto mais esclareço esse ponto, mais encontro pessoas para desmistificar o que cada uma faz. Você deve estar pensando "é tudo a mesma coisa". Se for isso o que está em sua mente, peço que continue lendo esse artigo. Você irá perceber que tem muita diferença entre você fazer marketing na sua empresa e você fazer propaganda. E isso te mostraremos por meio de como essas duas ciências (ou artes) surgiram.


Comecemos pela propaganda, que, segundo alguns especialistas, surgiu antes mesmo do marketing (não é o que eu acredito que seja). Há muitos relatos acerca da sua origem, porém vamos nos atrelar ao fato mais conhecido, que está relacionado a Reforma Protestante, que teve como principal propagador (ou seja, aquele que fez propaganda), o monge Martinho Lutero. Ele foi responsável por propagar por toda a Alemanha, inicialmente, 95 teses que se opuseram aos dogmas que a Igreja Católica mantinham naquela época porque se contradiziam com os ensinamentos da Bíblia. Além de seu conhecimento e capacidade de refutar as doutrinas praticadas antigamente pela Igreja, Lutero também possuía um aliado: a imprensa. Foram as 95 teses impressas (na língua dos habitantes daquela área) e espalhadas por toda aquela região, que persuadiram tanto os nobres como os camponeses a abandonarem o catolicismo romano e a seguirem-no em uma nova religião que, segundo eles, seria mais fiel às escrituras sagradas.


Outro fato histórico que se beneficiou do poder da propaganda, mas para o lado negativo, foi o nazismo. Adolf Hitler tinha consigo Joseph Goebbels, um publicitário muito inteligente e foi através dele que os alemães se renderam ao poderio imposto pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores (de onde vem a nomenclatura "nazi"), e assinaram embaixo as barbaridades que o ditador Hitler fez naquela época. Mas se engana quem acha que os alemães daquela época eram contra as atrocidades que foram feitas. Por que não se chocavam? Por que era feito um trabalho de persuasão e convencimento de que aquela era a melhor coisa a ser feita para tornar a Alemanha uma potência mundial. E para isso, Goebbels fazia campanhas para o partido nazista onde só se via crianças felizes, com seus pais, passeando pelas praças e idolatrando Hitler como se ele fosse aquele paizão que se preocupa com seus filhos e faz o melhor para a segurança deles.


Resumindo, para haver a propaganda, tem que ter a divulgação através de algum veículo de comunicação.


Agora, vamos falar do marketing, que para mim, surgiu muito antes. partindo do princípio que marketing nada mais é do despertar a necessidade (já existente) do consumidor em obter tal produto/serviço. E isso se consuma por meio de troca. A troca (de bens) surgiu logo nas primeiras civilizações. Se eu tinha um rebanho de cabras e meu vizinho, uma plantação de trigo, fazíamos um acordo justo onde meu vizinho poderia comprar minha cabra por uma determinada quantidade porção de trigo.


Acontece que o marketing de hoje passou por todo o processo de mudança sociológica e filosófica em que o mundo também está passando e, o que antigamente era necessidade, hoje deixara de ser. Por exemplo, segundo a pirâmide de Maslow, no topo da necessidade do homem pós-moderno está a realização pessoal. Nas primeiras civilizações, a principal necessidade do homem não era esse desejo, era sobreviver. Sendo assim, não é porque o marketing de hoje não é o mesmo de antigamente, que ele veio a existir somente após a Revolução Industrial, como muitos especialistas afirmam.


Para concluir, podemos afirmar marketing não é propaganda e propaganda não é marketing. Ambos andam juntos, mas podem estar separados, porém, uma propaganda sem marketing, pode persuadir um determinado público para um alvo indesejado pela empresa, e um marketing sem propaganda pode estruturar uma empresa mas não comunicar aos de fora quem é ela e o que oferece. Sendo assim, é melhor andar com os dois (propaganda e marketing), sem desprezar um e supervalorizar o outro.




 
 
 

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